NOTÍCIAS DE SOURE
03/06/2013
Soure
CARAVANA OFTALMOLÓGICA REALIZA CERCA DE 900 ATENDIMENTOS EM SOURE EM UM ÚNICO DIA.
 

Com pouca visão, Raimundo da Silva Santos, de 74 anos, aproveitou para procurar atendimento na Caravana de Cirurgias Oftalmológicas do Pro Paz, que neste domingo, 2, esteve no município de Soure, no Marajó. Ele tinha catarata e foi submetido a uma cirurgia. “O atendimento foi super rápido e agora eu quero voltar a ler a Bíblia”, disse.

 

A caravana fica até esta segunda-feira, 3, na cidade. No primeiro dia, a procura foi grande e, às 5 horas da manhã, a equipe do Pro Paz iniciou o cadastramento dos pacientes, que em seguida eram encaminhados para os consultórios médicos e, se necessário, para o bloco cirúrgico. Neste primeiro dia de atendimento foram realizados cerca de 900 atendimentos, entre consultas e cirurgias.

 

Maria Thais Nascimento foi acompanhada do filho Matheus, de 11 anos. Os dois foram consultados por um oftalmologista. O menino não tinha nenhum problema de visão, já dona Maria vai precisar mudar o grau dos óculos. “Graças a Deus a 'vista' do meu filho está normal. Eu já estava com dificuldade para enxergar, meus óculos eram 'pra longe', agora preciso de um 'pra perto'”, falou.

 

Já Givanildo Souza, de 25 anos, saiu do consultório e foi direto para a carreta cirúrgica. Ele tinha pterígio (carne crescida) há 5 anos. A doença já estava ocasionando problema de visão. Na fila de espera para a cirurgia, ele estava ansioso. “Espero que essa cirurgia seja um sucesso para que possa enxergar melhor, pois é muito difícil contar com esse tipo de atendimento aqui no Marajó. Temos que ir para Salvaterra para contar com atendimento de um médico particular”, disse.

 

Dona Maria Nascimento, 63 anos, foi submetida à cirurgia de catarata. Depois de cerca de 15 minutos no bloco cirúrgico, ela saiu entusiasmada. "Não ajudava nos afazeres da casa porque não enxergava direito e agora a minha 'vista' está muito melhor. Eu tinha certeza de que isso ia acontecer”, falou.

 

Kátia Cilene, de 43 anos, foi submetida à cirurgia de pterígio no olho esquerdo há quatro anos. Na caravana oftalmológica, o procedimento foi realizado no olho direito e agora ela faz planos de voltar a estudar. “Já havia feito uma cirurgia na visão, agora aproveitei a oportunidade para fazer no olho direito. Minha 'vista' era ruim e tinha muita dificudade de ler, ano passado não consegui fazer a prova do Enem por causa desse problema, agora eu espero enxergar muito melhor para continuar os meus estudos e fazer vestibular ainda este ano”, declarou.

 

Pterígio e catarata são as doenças mais comuns entre os pacientes, mas o índice de pessoas com glaucoma, que é a segunda maior causa de cegueira no mundo, ficando atrás apenas da catarata, também tem sido elevado. De acordo com o médico Diogo Neto, 90% das pessoas que têm a doença não sentem nada, só quando a visão já está muito prejudicada. “A única forma de tratar o glaucoma é baixar a pressão do olho, então a gente usa colírio, laser ou cirurgia. O grande problema dessa situação é que esses pacientes precisam ter acompanhamento para o resto da vida”.

 

Nos casos em que o paciente tem glaucoma, os setores de regulação dos municípios estão agendando acompanhamento para Belém. “Os pacientes serão encaminhados para continuarem o atendimento em Belém durante todo o tratamento. Essa é uma preocupação do Governo do Estado, dar continuidade ao serviço que estamos desenvolvendo aqui no Marajó”, disse Viviane Bernardes, coordenadora da Sespa.

 

Everton Luiz, 57 anos, tem glaucoma avançado, ele já estava usando colírio, mas há 2 anos não fazia acompanhamento. “Eu esperava que o colírio que estava usando resolvesse o problema, mas o médico já prescreveu um novo remédio e agora eu espero não ficar cego, vou fazer o acompanhamento em Belém”, explicou.

 

Fonte: AGPA


Comunicação/AMAM
  
  
 
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