A experiência
exitosa do Projeto Conexão Marajó, desenvolvido pela Celpa para levar energia
elétrica firme aos habitantes do Arquipélago do Marajó, foi o tema do Projeto
Conheça Como Funciona, da TV Liberal, na noite de ontem. Reunidos no auditório
da emissora, gestores, jornalistas e funcionários da TV, que integra as
Organizações Rômulo Maiorana (ORM), conheceram aspectos do projeto iniciado em
2010, com previsão de ser concluído em 2018, com um investimento global de R$
422 milhões em duas etapas de obras, beneficiando 450 mil cidadãos em 15
municípios.
Pelo projeto, em parceria com o Governo do Estado, foi instalado,
entre outras ações e equipamentos, um cabo subaquático para transmissão de
energia elétrica e viabilização de uma estrutura de fibra ótica que
disponibilize serviços à população. O cabo se estende por 17 quilômetros. O
diretor administrativo-financeiro da TV Liberal, Rômulo Maiorana Netto, e o
superintendente da TV, Fernando Nascimento, participaram do evento, ao lado de
dirigentes da Celpa.
A explanação acerca do Conexão Marajó foi feita pelo
assessor da presidência da empresa, Mauro Chaves. O projeto conecta o Marajó ao
Sistema Interligado Nacional (SIN), com foco na desativação das usinas
termoelétricas, substituindo-as por uma estrutura de fornecimento de energia
elétrica firme proveniente da Hidrelétrica de Tucuruí e outras geradoras no
Brasil.
O projeto começou com uma primeira fase destinada a atender os
municípios de Breves, Portel, Bagre, Curralinho e Melgaço. A interligação
nesses municípios já foi concluída. Essa etapa envolveu 685 quilômetros de rede
e a ampliação de duas subestações e a construção de mais seis, entre outros
empreendimentos.
A Celpa já iniciou a segunda etapa, ligando as cidades de
Ponta de Pedras, Cachoeira do Arari e Salvaterra. Na segunda etapa do projeto,
também serão interligadas as cidades de Afuá, Chaves, Anajás, Santa Cruz, São
Sebastião da Boa Vista, Muaná e Soure.
Nessa segunda etapa, foi instalado o
cabo subaquático partindo de Vila do Conde, em Barcarena, até Ponta de Pedras.
O cabo foi instalado com a intenção de servir ao sistema de fornecimento de
energia elétrica, mas servirá para outros projetos de desenvolvimento na área
de tecnologia da informação relacionada a sistemas de comunicação no Marajó.
“Essa instalação do cabo de fibra ótica foi uma contribuição da Celpa visando o
desenvolvimento daquela região e também a inserção no Programa de Investimento
Social que a Celpa executa junto ao Governo do Estado, que é um compromisso
desde a sua privatização”, observou.
A segunda etapa do projeto deverá estar
concluída até 2019. O projeto reduziu as interrupções no fornecimento de
energia elétrica e diminuiu a duração de eventuais suspensões do sistema. Esse
novo cenário propicia o surgimento de novos investimentos no arquipélago, como
ressaltou Mauro Chaves. A segunda etapa abrange 52 quilômetros de linhas de
transmissão e 794 quilômetros de linhas de distribuição, além de cabos
subaquáticos com 34 quilômetros de extensão (de ida e volta), construção de
oito subestações e ampliação de mais oito. Participaram da explanação sobre o
projeto os dirigentes da Celpa: Patrícia Bernardi, Carlos Albuquerque e João de
Deus.
Fonte: O Liberal.