A região
amazônica tem desafios específicos para atender a demanda das diferentes
populações que necessitam de políticas públicas sociais. Na tarde de ontem,
estas especificidades foram discutidas no Seminário Pan-Amazônico de Proteção
Social, que reúne representantes nove países (Brasil, Bolívia, Colômbia,
Equador, Guiana Francesa, Peru, República da Guiana, Suriname e Venezuela) no
hotel Princesa Louçã, em Belém.
O evento
organizado pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário segue até hoje
com discussões como os desafios de povos e comunidades tradicionais da Amazônia
às políticas públicas, canais institucionais de diálogo com as populações
amazônicas e o perfil da pobreza na Amazônia. O Governo do Estado do Pará, que
participa da discussão, apresentou o Programa Pará Social que ainda será
lançado com a parcerias dos municípios para até 2030 diminuir os indicadores de
pobreza e desigualdade. De acordo com o coordenador do programa, Heitor
Pinheiro, o Pará Social reunirá um conjunto de ações e serviços nas áreas de
assistência social, trabalho emprego e renda, educação, saúde, direitos
humanos, segurança alimentar, habitação, esporte cultura e lazer. “O foco dele
é voltado para as famílias em situação de vulnerabilidade social, seja pela
questão da renda ou pela questão de violação de direitos. Este é o nosso foco.
Temos uma meta no
Pará que é chegar a algo em torno de 800 mil famílias atendidas nos 144
municípios e o que ele também traz é a possibilidade para cada município criar
sua própria agenda do Pará Social”, explicou. A princípio o trabalho do governo
é conseguir a adesão dos 60 municípios com os piores índices sociais. A
superação da pobreza e da violação de direitos também passam pela chegada dos
serviços públicos nos locais mais distantes e de difícil acesso da Amazônia. O
coordenador-geral de Acompanhamento da Rede Socioassistencial do Sistema Único
da Assistência Social, ligado ao Ministério de Desenvolvimento Social, Douglas
Carneiro, destacou que a mobilidade é um desafio tanto para o gestor público,
quanto para o cidadão. “Neste sentido há um conjunto de equipamentos
estabelecidos na assistência social, os centros de referências da assistência
social, os centros de referências especializadas, e as organizações da
sociedade civil que atuam no território ofertando serviços.
Os desafios são
muitos, mas houve nos últimos anos uma ampliação do atendimento destes
equipamentos e com isso um aumento da cobertura também”, falou.
Fonte: O Liberal.