O Secretário Estadual de Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca,
Giovani Queiroz, anunciou, durante reunião com prefeitos marajoaras, novos
investimentos e projetos nas áreas produtivas e sociais da região.
O encontro, ocorrido na sede da Associação dos Municípios do Arquipélago
do Marajó (Amam), contou com a presença do presidente da entidade e prefeito de
Muaná, Murilo Guimarães e dos prefeitos de Cachoeira do Arari, Jaime Barbosa;
de Chaves, Bira Barbosa; de Salvaterra, Valentin Lucas; de São Sebastião da Boa
Vista, Hilton Lima e de Santa Cruz do Arari, Antonio Almeida, o Tonhão.
O superintendente de Ceplac no Pará, Raul Guimarães e a agrônoma Consuelo
Castro, que comanda a diretoria de agricultura familiar da Sedap, compuseram a
mesa das autoridades.
O secretário Giovani Queiroz discorreu sobre os vários projetos que
estão e andamento no Estado com vistas a ampliar a produção da agricultura
familiar a fim de atender a própria demanda do Estado e citou o caso da banana
que 90% do consumo paraense vem de estados do nordeste. O secretário reconheceu
que o Pará tem terras em abundância e produtores prontos para ampliar suas
lavouras mas carecem de aporte técnico e linhas de crédito com projetos viáveis
para serem desenvolvidos.
No caso do cacau, todos foram unânimes que o açaí consorciado com
lavouras cacaueiras poderiam significar um grande avanço no campo e nas várzeas
trazendo mais riquezas para o povo do Marajó. O superintendente da Ceplac
lembrou que o cacau é nativo do Marajó e das várzeas do baixo Tocantins e sua
qualidade como fruto e depois amêndoa, desde que bem trabalhados,
alcança altos preços no mercado assim como o cacau orgânico que chega a
valer mais que o dobro do cacau comum.
O presidente da Amam lembrou que o Plano de Desenvolvimento Sustentável
do Marajó, lançado há quase 10 anos, caminha de forma muita lenta e grande
parte da população da região continua vivendo com uma renda mínima, sem
condições de melhorar de vida e com pouca atenção do Estado.
Murilo destacou também que as muitas colônias, sindicatos e associações
de pescadores cuidam mais de benefícios e direitos trabalhistas do que
propriamente pensar uma política integrada e produtiva para incentivar a pesca
com responsabilidade e a criação de espécies em cativeiros ou tanques.
A pauta seguinte da reunião tratou do programa Água Para Todos, um
projeto de implantação de água tratada em pequenas comunidades ribeirinhas que,
embora morem de frente para o rio, sofrem sérios problemas de doenças hídricas,
pela má qualidade da água consumida.
Na primeira etapa, cinco municípios marajoaras serão contemplados
envolvendo dezenas de pequenas comunidades com projetos de abastecimento e
tratamento de água que certamente irá melhorar em muito a saúde da população.
O secretário Giovani
Queiroz sugeriu que as prefeituras sejam parceiras no projeto Água Para Todos
por sua importância na saúde principalmente de crianças e pessoas idosas, mais
sujeitos às doenças provocadas pela contaminação das águas.