O inverno amazônico é conhecido por seu alto volume de
chuvas, muitas vezes diárias e torrenciais. Pelas quedas na temperatura e o
fácil acúmulo de água em recipientes desprotegidos, é também uma época muito
propícia para a proliferação do mosquito aedes aegypti, o que aumenta os riscos
de doenças como dengue, chikungunya e zika, transmitidas pelo inseto.
Por isso, é imprescindível redobrar os cuidados para prevenir
a doença quando essa época chega. É o que alerta a médica infectologista Helena
Brígida. Não deixar pneus expostos, garrafas destampadas, baldes, limpar as
calha e denunciar terrenos baldios são algumas das principais medidas. “A
melhor forma de prevenção é não deixar que se criem focos para o mosquito, que
deposita seus ovos próximos a recipientes com água parada”, orienta.
Outro cuidado necessário é ficar atento a ocorrência de
sintomas e buscar atendimento em caso de qualquer suspeita. “No atendimento, o
profissional vai verificar se o mal-estar do paciente é realmente decorrente da
doença e então tratar os sintomas para que ela não se agrave”, explica Brígida.
SINTOMAS
A dengue, geralmente, ocasiona febre alta, dor no corpo,
manchas na pele, ardor nos olhos e dor de cabeça. Os sintomas da chikungunya e
da zika são bem parecidos, com a diferença de que as dores no corpo são bem
mais fortes e a febre não é tão alta. “A dengue costuma ser uma doença branda,
mas que, se não tratada, pode se agravar, levando a problemas respiratórios que
podem exigir uma internação na UTI de um hospital e até mesmo levar à morte”,
esclarece.
Já a chikungunya e a zika, garante a infectologista, são
doenças mais leves, com raros casos de morte. “O maior risco da zika, na
verdade, é em grávidas, devido à microcefalia”, conta.
Na chikungunya, o problema são as sequelas, pois a doença
pode deixar dores nas juntas dos ossos que podem durar a vida toda.
Texto: Diário do Pará