O queijo produzido com leite
de búfala na região do Marajó, no estado do Pará, passou a obedecer, a partir
desta quarta-feira (06), a uma série de exigências e recomendações que irão
permitir a venda local e em mercados consumidores de outros estados.
O Protocolo de Produção do
Queijo do Marajó foi entregue ao Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento (Mapa) por representantes da Secretaria Estadual de Agricultura
(Sagri) e a Agência de Defesa Agropecuária (Adepará) em cerimônia ocorrida no auditório
do Hangar, em Belém. Após o parecer do Mapa e as adequações que possam ser
feitas, o produto poderá ser comercializado em todo o território brasileiro.
A certificação descreve o
processo produtivo e estabelece as normas a serem seguidas pelos produtores,
entre elas a qualidade da água utilizada; o processo de ordenha de animais, já
que o queijo é feito a partir do leite da búfala; as condições de higiene dos
locais de produção; o transporte; o armazenamento e até a emissão de carteiras
de saúde aos que trabalham diretamente no processo.
O protocolo objetiva
regularizar a produção do queijo do Marajó e colocar em prática dispositivo da
Lei Estadual de Produtos Artesanais (Lei 7.565, de 25/10/2011). Com a
regularização e adequação às normas do Protocolo, o produtor de queijo do
Marajó receberá um selo de origem para que o produto seja identificado
geograficamente e possa ser comercializado em todo o Pará. Com o parecer do
Mapa, o queijo do Marajó poderá ser comercializado também além das fronteiras
do Estado.
Cadeia produtiva
Sagri, Sebrae e Adepará já
iniciaram a capacitação dos produtores artesanais. A cidade de Soure, no
Marajó, deverá ser o pólo das ações a serem desenvolvidas em parceria com os
produtores. O órgão responsável por receber as propostas dos produtores e
indicar as adequações necessárias para cada negócio é a Adepará.
"A Adepará agora terá o
papel fundamental de legalização e regularização de todos os estabelecimentos
que têm produção artesanal, começando com o queijo do Marajó. Estamos trabalhando
e montando agendas de trabalho para que possamos certificar e legalizar os
produtores o mais rápido possível", explica Sálvio Freire, diretor
operacional do órgão.
Os interessados em obter a
certificação do seu produto devem dar entrada com um pedido formal junto à
Agência. Já o Sebrae irá atuar na estruturação do projeto de qualificação dos
produtores do queijo do Marajó.
Enviado por: ASCOM/Soure