Um termo de cooperação técnica firmado entre
a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará (Emater) e
o programa Pará Rural, no mês de julho, vai assegurar a 150 famílias
ribeirinhas, de cinco comunidades do município de Bagre, no arquipélago do
Marajó, o acesso a projetos de piscicultura e avicultura.
O objetivo com a parceria é levar
desenvolvimento econômico aos extrativistas de açaí nativo, que terão
acompanhamento técnico pelos próximos seis meses. As visitas técnicas para a
efetiva implantação dos projetos iniciam já na próxima semana, prazo para a
liberação do recurso que vai nortear as atividades de campo.
Serão beneficiados pequenos produtores das
comunidades Cajari, Bom Jardim, Panaúba, Vila Nova e Taxi – esta última, a mais
distante da sede do município, a três horas de barco. Ao todo, as visitas
técnicas devem durar até quatro dias. “O barco será a nossa casa por esse
período, já que fica inviável retornar para Bagre entre uma e outra visita”,
explicou o técnico em agropecuária da Emater, Marinaldo Lobato.
Nas comunidades serão implantados projetos
voltados à criação de peixe em tanques redes e a produção de aves em sistema
semi-intensivo, técnica que reduz o tempo de engorda. O projeto, firmado na
parceria, prevê a utilização de recursos avaliados em cerca de R$ 45 mil.
“Teremos que instalar uma granja para a criação do 'caipirão', já que os
animais ficam soltos durante o dia e reclusos à noite, mas com suplementação de
ração. Por isso reduzimos de seis meses para 45 dias o tempo de abate”, revelou
o técnico da Emater. O montante que será empregado para o projeto também
servirá para aquisição de ração para as duas atividades.
Pela parceria, cabe à Emater prestar
assistência técnica e extensão rural às famílias atendidas, de forma que seja
possível a garantia da inclusão desses extrativistas de açaí em modalidades
produtivas que garantam viabilidade econômica para o desenvolvimento das
comunidades. “Faremos a instalação das atividades e os acompanharemos até
janeiro do próximo ano. Mas pela característica primordial das famílias ainda
vamos oferecer orientações técnicas para o manejo do açaizal nativo”, afirma
Marinaldo Lobato.
Fonte: AGPA.