A Polícia Civil, por meio da Diretoria de
Atendimento a Grupos Vulneráveis (DAV), divulgou, nesta quarta, 12, os
resultados da Operação Upiara III, realizada em Breves, na ilha do Marajó. Ao
todo, a Polícia Civil abriu quatro inquéritos policiais para apurar denúncias
de violência sexual contra crianças e adolescentes na região. Em um dos casos,
a equipe de policiais civis fez a prisão em flagrante de Jeremias de Oliveira,
conhecido como Jereca, acusado de estupro de vulnerável. A vítima foi uma
criança que morava em sua casa. Ele também é acusado de abusar sexualmente de
outras crianças, na faixa de 7 a 12 anos de idade.
A operação é resultado da parceria entre a
Polícia Civil e Grupamento Fluvial do Estado para garantir o atendimento
psicossocial às vítimas. "Contamos também com o apoio e participação do
Programa Pró-Paz Integrado, da Secretaria de Estado de Assistência Social,
órgãos municipais e locais como CREAS (Centro de Referência Especializado em
Assistência Social), CRAS (Centro de Referência em Assistência Social) e do
Conselho Tutelar", detalha a delegada Simone Edoron Machado Araújo,
diretora de atendimento a grupos vulneráveis da Polícia Civil.
A equipe sob coordenação da delegada Sílvia
Mara Tavares, da Delegacia Especializada no Atendimento à Criança e Adolescente
(Deaca), esteve no município por dez dias. No período, foi realizado um
levantamento de casos de violência sexual contra crianças e adolescentes. Os
policiais civis visitaram localidades da região, como Vila Corcovado; Vila
Global; Vila Mainard; Comunidade Bom Jesus no Rio Aturiá; Comunidade do Rio
Jaburu; Comunidade do Rio Jupatituba; Vila São Miguel dos Macacos no Rio dos
Macacos; Comunidade do Rio Jipuuba no furo da Ilha Grande de São Miguel dos
Macacos; Comunidade de Santana dos Macacos e sede do distrito de São Miguel dos
Macacos, em Breves.
A
operação visa, além do atendimento à vítima, a repressão ao crime, o
levantamento dos casos, a apuração das denúncias, a formação e orientação dos
integrantes da rede de proteção e das família das vítimas. Dessa forma,
salienta a delegada, a operação envolve toda a rede de serviços e de proteção
para enfrentamento à violação de direitos. O trabalho faz parte de um planejamento
de ações de prevenção, atendimento e repressão aos crimes sexuais contra
crianças e adolescentes no arquipélago do Marajó. A ação é coordenada e
desenvolvida pela delegada Simone Edoron Machado Araújo, diretora de
Atendimento a Grupos Vulneráveis. Entre setembro de 2012 e novembro do ano
passado, a equipe de policiais civis da DAV esteve em Chaves, Afuá, Anajás,
entre outras localidades, no Marajó. O nome "Upiara" vem do
Tupi-Guarani, que significa "aquele (a) que cuida".
Fonte:AGPA.