Dez famílias da comunidade Fortaleza, na
vicinal 5 da rodovia PA-159, em Breves, devem começar a cultivar tambaqui em
cativeiro ainda este ano. Nesta terça-feira (11), uma equipe do escritório
regional da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará
(Emater) no Marajó georreferenciou a área, que fica às margens do rio Pararijó.
São agricultores que vivem de extrativismo de
açaí, plantio de mandioca e pesca artesanal. As atividades, entretanto, se
estruturam apenas em um nível de subsistência, sem relevância comercial.
A ideia é implantar dois tanques-rede por
família, com seis m³ e 1,5 mil alevinos cada, a partir de financiamento pela
linha Mais Alimentos do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura
Familiar (Pronaf), pelo Banco do Brasil (BB). A primeira despesca se realiza
depois de oito a nove meses.
“Os projetos individuais podem representar
até R$ 20 mil. A expectativa é que por ciclo o rendimento de cada tanque,
considerando a parte destinada à segurança alimentar das próprias famílias,
seja de mais de R$ 35 mil”, situa o engenheiro de pesca da Emater, Alexandre
Cardoso.
De acordo com Cardoso, ainda, a piscicultura
se apresenta como ótima fonte de renda complementar para ribeirinhos de Breves,
em comparação à pesca artesanal. “Além de a pesca artesanal ser esgotável, o
que compromete a questão dos recursos naturais e da própria qualidade de vida
das famílias, a piscicultura é programável: com escalonamento, garante-se
produção e quantidade o tempo todo”, explica.
Fonte: AGPA.