O Hospital Regional do Marajó, localizado no município de Breves, fez neste sábado (16) os primeiros implantes de marca-passos da região. Os procedimentos foram feitos pelo cirurgião cardíaco Renê Augusto Gonçalves, do Hospital Regional do Baixo Amazonas, de Santarém, com o apoio de equipe composta por uma enfermeira e um técnico de marca-passo. A cirurgia também teve auxílio do anestesista Giovane Lopes de Oliveira.
É a primeira vez que este tipo de procedimento é feito na ilha. As pacientes beneficiadas foram as aposentadas Maria dos Santos, 91 anos, e Rosilda Pimentel, 82, ambas moradores de Breves. Segundo o coordenador dos Hospitais Regionais do Estado, Arthur Lobo, a ideia é levar o profissional de saúde aos pacientes da região, para descentralizar o atendimento da capital. Ele destacou que atender a demanda na própria localidade reduz os custos financeiros com Tratamento Fora de Domicilio, além de facilitar o acesso para os pacientes que permanecem perto dos seus lares e de seus familiares.
“Estamos usando a excelente estrutura do hospital com estes serviços na região. Desta forma, estaremos atendendo os pacientes sem transtornos de deslocamento de uma localidade para outra”, ressaltou. Para Rosilda Pimentel, o momento tem grande significado. Ela disse que ficou sabendo da necessidade da cirurgia recentemente e que ficou aliviada ao saber que o hospital traria uma equipe médica para atender este tipo de demanda em sua cidade. “Fazer parte desse momento é importante. Fico segura em saber da qualidade dos serviços prestados pela equipe envolvida”, afirmou.
O marca-passo é um dispositivo eletrônico usado para manter o ritmo e frequência no coração de pessoas com insuficiência cardíaca de forma adquirida ou congênita. O aparelho é constituído por um conjunto gerador de pulsações elétricas, para estimular o coração na frequência adequada.
Renê Augusto Gonçalves disse que as cirurgias foram bem-sucedidas, sem nenhum imprevisto. “O pioneirismo é sempre gratificante. É importante trazer serviços de qualidade para a população, principalmente pela estrutura de que o hospital dispõe para média e alta complexidade”, observou. As pacientes serão acompanhadas pela equipe de cardiologistas do hospital durante o período de recuperação. Após 30 dias, o cirurgião retornará à cidade para uma nova avaliação.
A partir de agora, será montado um histórico para verificar a demanda. A ideia é montar o serviço de marca-passo no hospital por meio de um ambulatório. O objetivo também é capacitar a equipe local para futuros procedimentos. O Hospital Regional do Marajó é uma unidade de média e alta complexidade que atende pacientes dos municípios da região, por meio da Central de Regulação do Estado.
O hospital é administrado pelo Instituto Nacional de Desenvolvimento Social e Humano (INDSH), uma organização social de saúde qualificada pela Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), para oferecer serviços de média e alta complexidade. Com 50 leitos e quatro salas de cirurgias, o hospital também faz atendimentos de urgência e emergência e internações nas áreas de clínica médica, cirurgia geral, obstetrícia, pediatria, neonatalogia e traumato-ortopedia.
O ambulatório oferece consultas em clínica médica, pediatria, cardiologia e oftalmologia. Entre os exames, são oferecidos os de análises clínicas, radiologia, ultrassonografia, mamografia, eletrocardiografia, endoscopia digestiva, tomografia, ergometria e ecocardiografia.