O Hospital Regional do Marajó, localizado no município de Breves, vem investindo em ações e melhorias infraestuturais para garantir o padrão de atendimento, considerado excelente, à população que vive naquela região. Segundo a diretora do hospital, Cleide Rillo, uma pesquisa feita recentemente para avaliar o índice de satisfação dos pacientes atendidos pela unidade mostrou que 93,2% dos usuários aprovam os serviços do HRM. “Este número está acima da média fixada pela Secretaria de Estado de Saúde Pública, que é de 80%, e reflete os esforços que temos feito para garantir a qualidade do atendimento ao público", diz.
O hospital está habilitado para atender as demandas de média e alta complexidade, por meio da Central de Regulação do Estado. A unidade, que é administrada pelo Instituto Nacional de Desenvolvimento Social e Humano (INDSH), uma organização social de saúde qualificada pela Sespa, também é referência no tratamento da Doença de Chagas e dispõe de uma equipe médica capacitada pela Coordenação Estadual do Programa de Controle em Doença de Chagas para a realização de investigação e acompanhamento clínico. Os pacientes atendidos são moradores dos municípios de Anajás, Bagre, Breves, Curralinho, Gurupá, Melgaço e Portel.
O ambulatório oferece consultas em Clínica Médica, Pediatria, Cardiologia e Oftalmologia. Entre os exames oferecidos estão análises clínicas, radiologia, ultrassonografia, mamografia, eletrocardiografia, endoscopia digestiva, tomografia, ergometria e ecocardiografia. O hospital também faz atendimentos de urgência e emergência e internações nas áreas de clínica médica, cirurgia geral, obstetrícia, pediatria, neonatalogia e traumato-ortopedia. São 50 leitos clínicos e 17 de Unidade Tratamento Intensivo, sendo sete adultos, cinco pediátricos, e cinco de neonatalogia, além de quatro salas de cirurgias. Em média, são feitas cerca de 250 internações por mês.
Cleide Rillo ressaltou que o número de encaminhamento para Belém é muito pequeno; para cada 280 pacientes atendidos, apenas oito são encaminhados à capital. “Dos casos que dão entrada em nosso protocolo de atendimento, 96% são resolvidos aqui mesmo no hospital”, disse.
No ano passado, o Governo do Estado investiu em um Sistema de Estação e Tratamento de Água para o hospital, que também servirá para melhorar a qualidade dos serviços de hemodiálise. O sistema foi monitorado pelo Departamento de Vigilância Sanitária e por um laboratório especializado em certificação da água. Segundo o coordenador dos Hospitais Regionais do Estado, Arthur Lobo, este é apenas uma das obras previstas para ampliação da unidade, que além de avançar com o serviço de hemodiálise de UTI, também passará a contar, em breve, com o serviço de hemodiálise ambulatorial.
No último sábado (16), o HRM fez os primeiros implantes de marca-passo da região, tornando-se pioneiro na realização deste tipo de procedimento na ilha do Marajó. A ideia é garantir o acesso dos pacientes da região à especialidade cardiológica, a fim de descentralizar o atendimento da capital. Arthur Lobo também informou que ainda este ano a unidade fará a aquisição de um facoemulsificador, equipamento utilizado para a realização de cirurgias de catarata na região. “Percebemos uma grande demanda por este tipo de procedimento, por isso queremos investir também no atendimento oftalmológico”, afirmou.
O hospital foi submetido ao Programa de Acreditação, ligado à Organização Nacional de Acreditação (ONA), que tem como objetivo promover a implantação de um processo permanente de avaliação e de certificação da qualidade dos serviços de saúde, permitindo o aprimoramento contínuo da atenção, de forma a melhorar a qualidade da assistência, em todas as organizações prestadoras de serviços de saúde.
O processo envolve a conscientização para a qualidade e a capacitação teórica e prática da equipe. As melhorias estruturais e a análise padronizada em todos os aspectos práticos, técnicos e administrativos do processo de inserção da qualidade nas atividades, até o hospital tornar-se apto para ser submetido à avaliação da Instituição Acreditadora Credenciada (IAC). O Certificado de Acreditação é conferido por uma agência independente e idônea. Depois de certificadas, as instituições de saúde se obrigam a auditorias regulares com o objetivo de revalidação do título. A implantação destes requisitos no hospital já está pela metade, e a avaliação final deve ser feita no fim deste ano.
Fonte: Agência Pará de Notícias