
Em Chaves, no arquipélago do Marajó, a
Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará (Emater),
incentiva extrativistas da Ilha Caviana, formada por sete comunidades rurais, a
melhorarem a produção de açaí. Nas áreas a empresa vem trabalhando um
diagnóstico sobre a cultura para identificar as potencialidades, necessidades e
as práticas de cultivo.
Durante a ação na Caviana, 95 famílias foram
identificadas desenvolvendo a atividade com o açaí. Junto às famílias, a Emater trabalha com
palestras e oficinas de manejo adequado do açaizal. A expectativa é melhorar a
produtividade das árvores, o preço do fruto e, consequentemente, a vida das
famílias. As oficinas de capacitação contaram com parceria do Serviço Nacional
de Aprendizagem Rural (Senar).
Das famílias envolvidas na ação, 70 devem ser
financiadas com recursos do Amazônia Florescer, por meio do Banco da Amazônia.
Cada família financiada receberá o valor de R$ 3.500,00. Para o acesso ao
microcrédito a Emater emitiu Documento de Aptidão ao Pronaf (DAP), que
credencia as famílias como agricultoras.
Em Chaves, as áreas de açaí são em sua
maioria nativas. Atualmente, as famílias manejam cerca de 200 hectares do
fruto. A Emater incentiva a atividade extrativista e tenta minimizar a ação
nociva, que é causada pela derrubada sem discriminação dos açaizeiros para a
retirada do palmito. Segundo dados da Emater, por cada árvore derrubada de açaí
para a produção do palmito, o extrativista recebe R$ 3,50, enquanto que a mesma
árvore chega a render em açaí R$ 25,00. Cada árvore rende em média 14kg do
fruto.
Segundo o técnico da Emater, Orlando Lameira,
dos agricultores que devem ser financiados, 40 terão o crédito renovado. “Além
da melhoria na produtividade da lavoura, por conta do manejo adequado da
cultura e dos benefícios gerados ao meio ambiente, o açaí tem melhorado
substancialmente a qualidade de vida dessas famílias”, observa Lameira. A
Emater acredita que até o início do segundo semestre as famílias já comecem a
receber os créditos.
Fonte: AGPA.