Na ultima quinta-feira, 16/01/2014, entrou
em operação o chamado linhão de Curralinho, integrante da 1ª etapa do Linhão do
Marajó, que leva a energia da hidrelétrica de Tucuruí, a partir de Breves, até
Curralinho e à vila do Piriá, que é a maior vila daquele município.
Registre-se que o linhão de Curralinho foi
concluído, ainda, no inicio de 2013, mas não entrou em operação devido a
necessidade de se aumentar a largura da sua faixa de servidão, que, em muitos
trechos, estava aquém do que estabelece as normas técnicas, o que propiciava a
ocorrência de blecautes de energia, quando ocorressem chuvas e temporais na região.
Aliás, essa operação de aumento da largura da faixa de servidão não aconteceu,
apenas, no linhão de Curralinho. Infelizmente o mesmo procedimento teve que ser
feito, também, nos linhões de Portel, Breves, Bagre e de Melgaço, que, por
varias vezes, foram desligados devido a queda de arvores e galhos por sobre as
linhas.
Com efeito, com a entrada em operação da
linha de Melgaço, em dezembro de 2013, e agora a de Curralinho, está totalmente
concluída da 1ª etapa do Linhão do Marajó.
Por outro lado, é importante lembrar que as
linhas que atendem Bagre, Curralinho e Melgaço operam em 34,5Kvolts, o que
permite o atendimento das residências ou indústrias localizadas em baixo dessas
linhas ou às suas proximidades, desde que, obviamente, seja instalado o devido
transformador pela CELPA.
Agora, é hora de brindarmos. Brindar
àqueles que em nenhum momento deixaram de acreditar que era possível, sim,
levarmos a energia de Tucuruí a todos os municípios da Região das Ilhas e do
Marajó como um todo. A 1ª etapa já está totalmente concluída. Portel, Breves,
Bagre, Curralinho e Melgaço já usufruem da energia de Tucuruí. A 2ª etapa está
em curso desde 2013, quando foi elaborado o projeto de se levar a energia da
Vila do Conde para Ponta de Pedras através de um cabo subaquático, de 32Km de
extensão, levando no seu interior, além dos cabos de alta-tensão que irão
transportar a energia, também os cabos de fibra ótica. Bom. Mas este assunto
fica para um próximo artigo. Voltemos aos brindes.
Agora devemos brindar ao governador Simão
Jatene que, em seu primeiro governo, financiou toda a topografia do chamado
linhão de Portel, da “parada do Bento”, na Transcametá, até a cidade de Portel,
na época em que poucos acreditavam, inclusive, na viabilidade técnica do Linhão
do Marajó. O terceiro brinde é para o ex-ministro Silas Randeau, das Minas e
Energia, que aprovou o projeto e determinou que à Eletrobrás o financiasse com
recursos da RGR (Reserva Global de Reversão). Outro brinde que deve ser feito é
ao engenheiro José Antonio Muniz Lopes- o Zé do Norte como é conhecido, que,
como presidente da Eletrobrás, acatou de imediato o comando ministerial, e,
após a aprovação técnica do projeto, apartou os recursos da RGR para a sua
execução, o que, sem duvida, o livrou de padecer com a extinção do citado fundo
da RGR. Outro brinde é para o ex-presidente Lula, que, mesmo não aplicando
nenhum centavo do Tesouro Nacional, abraçou o projeto do Linhão e veio a Breves
lançar o inicio das obras. Por ultimo brindemos a CELPA, pela coragem e
determinação ao enfrentar os enormes desafios para implantar as linhas da 1ª
etapa do Linhão do Marajó, na Região das Ilhas, não só por se tratar de uma
região de difícil acesso, mas pelo tipo do seu solo alagado, quase sempre
constituído de “igapós” e que exige soluções inovadoras, como a utilização dos
postes de fibra de vidro, que, sem duvida, se aplica melhor aos “igapós” que
oferece pouca resistência, além, de afugentar os “turús”, que é uma espécie de
larva que consome a madeira.
Mas, além da conclusão da 1ª etapa do
Linhão do Marajó, ressaltamos o esforço da atual administração da CELPA em
relação a 2ªetapa, não só no que concerne ao processo do licenciamento
ambiental, que está no aguardo da licença da instalação das obras, mas,
especialmente, pelo projeto do cabo subaquático que está sendo fabricado pela
PRYSHIAM, no Espírito Santo, e que deverá ser lançado ao fundo da baia do
Marajó entre de fevereiro e março deste ano. E esse fato, é claro, merece brinde
muito maior. Um brinde aos marajoaras.
FONTE: O LIBERAL