O Instituto Chico Mendes de Conservação da
Biodiversidade (ICMBio) divulgou hoje (25) as regras de acordo de gestão para
duas reserva extrativista (Resex) no Pará. Foram beneficiadas a RESEX TERRA GRANDE-PRACUÚBA, NA ILHA DE MARAJÓ, NOS
MUNICÍPIOS DE CURRALINHO E SÃO JOÃO DA BOA VISTA, e a Resex Arióca
Pruanã, localizada no município de Oeiras. As portarias que aprovam os acordos
foram publicadas no Diário Oficial da União.
A portaria que aprova o acordo da Resex Terra
Grande-Pracuúba define as regras de uso dos recursos naturais e a convivência
entre os moradores da Resex Terra Grande-Pracuúba, de modo a resultar no
ordenamento econômico e social, na melhoria da qualidade de vida das
comunidades e no cotidiano da Resex, garantindo a conservação dos recursos
naturais para as presentes e futuras gerações.
Há regras para moradia, ocupação de terreno,
exploração de produtos florestais madeireiros e não madeireiros, cultivo em
roça, uso do fogo, criação de animais, caça, pesca, manejo de lixo,
embarcações, e também de responsabilidade pelo cumprimento do acordo.
A comercialização de madeira é permitida
somente com plano de manejo florestal comunitário para complementar a renda
familiar, e é estimulada a utilização de produtos florestais não madeireiros,
como frutas, sementes e cascas, entre outros.
A Resex Terra Grande-Pracuúba foi criada por
decreto presidencial em 2006 e tem por objetivo proteger os meios de vida e a
cultura dessas populações, além de assegurar o uso sustentável dos recursos
naturais renováveis tradicionalmente utilizados pela população extrativista
residente na área de sua abrangência.
A Resex Arióca Pruanã foi criada por decreto
presidencial em 2005. Segundo o acordo de gestão da reserva extrativista, a
utilização de áreas consideradas de uso comum deve ser determinada por regras
estabelecidas por cada comunidade, considerando a realidade de cada uma e
respeitando as formas tradicionais de uso.
O acordo de gestão da Resex Arióca Pruanã
publicado hoje, assim como foi aprovado para a Terra Grande-Pracuúba, permite a
utilização de madeira apenas para uso familiar e comunitário – por exemplo, na
construção de casas, barcos e igrejas. A comercialização exige plano de manejo
florestal comunitário.
De acordo com os dois documento de gestão, os
moradores da reserva extrativista são os responsáveis pelo cumprimento do
acordo e devem observar os direitos e deveres contidos no acordo. Segundo as
normas aprovadas, os moradores têm ainda o papel de informar, monitorar e
denunciar qualquer desrespeito ao compromisso.
Fonte: Agência Brasil