Piscicultores de Gurupá, município da Ilha do
Marajó, serão os principais beneficiados com uma possível parceria, que já
começou a conjeturada, entre a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural
do Estado do Pará (Emater) e a Secretaria de Estado de Pesca e Aquicultura
(Sepaq). Representantes de ambas debateram, na sexta-feira, 28, o assunto
durante no I Seminário Regional de Integração e Diversidade da Pesca e
Aquicultura do Marajó, promovido pela Sepaq, em Breves. A parceria se dará no
fortalecimento do projeto criação de peixes em tanques escavados em Gurupá,
exposto no evento naquele dia.
De acordo com o engenheiro florestal Ted
Quemel, chefe do escritório local da Emater, a empresa assiste a onze
agricultores familiares no município marajoara, que receberam recursos do
Programa Nacional de Fortalecimento a Agricultura Familiar (Pronaf), para
investimento na criação de peixes em tanques escavados. “Mostramos o trabalho
que está sendo desenvolvido no município. Essas famílias atendidas
comercializam peixes como tambatinga, tambaqui e tambacu para o mercado local e
também municípios circunvizinhos, além de Macapá (AP). Devemos ampliar de 11
para 20 piscicultores em breve”, disse Quemel.
Em Gurupá, a principal atividade econômica é
a cadeia produtiva do açaí, e a piscicultura entra como forma de diversificação
da produção local. O engenheiro florestal da Emater aponta como principais
vantagens da piscicultura o baixo impacto ambiental, boa rentabilidade, retorno
de investimento em um ano aproximadamente, além de garantir a segurança
alimentar das famílias. “As famílias que estão trabalhando com a criação de
peixe em tanque escavado têm um incremento de mais ou menos 20% no orçamento familiar”,
destacou.
O titular da Sepaq, André Pontes, elogiou o
trabalho exposto pela Emater. Segundo ele, neste mês, um técnico deverá visitar
o escritório local do órgão e avaliar como se dará a contribuição da
secretaria. “Vamos encaminhar nosso engenheiro de pesca ao município para
avaliação e, posteriormente, montar um plano de trabalho para diminuir os
principais gargalos da cadeia produtiva, que são a melhoria da comercialização
da ração e a distribuição de alevinos aos produtores”, adiantou Pontes.
Fonte: AGPA.