Há
três anos, uma comunidade quilombola vem desenvolvendo um inovador projeto de
extração coletiva de madeira no município de Gurupá, no arquipélago do Marajó.
O projeto de manejo florestal é licenciado pela Secretaria de Estado de Meio
Ambiente (Sema), e, com o dinheiro da venda dessa madeira, que é processada por
empresas madeireiras locais, a comunidade já está produzindo outras culturas
para diversificar a produção.
“Com
o produto da venda dessa madeira, essas famílias estão plantando cacau e, com
dois anos, eles já estão dando os primeiros frutos”, informa o secretário
especial de Desenvolvimento Econômico e Incentivo à Produção, Sidney Rosa, que
garante que o modelo é o tipo de projeto produtivo que interessa ao Governo do
Pará apoiar.
O
secretário visitou o empreendimento coletivo de autoria da Associação das
Comunidades Remanescentes de Quilombos de Gurupá na semana passada, acompanhado
de uma comitiva de agentes de governo, que incluiu os secretários de Pesca,
Henrique Sawaki, e de Meio Ambiente, José Alberto Colares, além do titular do
Instituto de Desenvolvimento Florestal do Pará (Ideflor), Thiago Valente
Novaes, entre outros.
A
visita teve como objetivo empenhar apoio do governo à iniciativa, que já havia
sido beneficiada com a regularização fundiária das terras para o manejo. Para o
secretário Sidney Rosa, o empreendimento é muito importante. “Eles também já
estão produzindo peixe em tanques e isso tudo está melhorando em muito a
qualidade de vida da comunidade”, diz o secretário.
A
comitiva também foi integrada por deputados, técnicos da Empresa de Assistência
Técnica e Extensão Rural do Pará (Emater) e da Secretaria de Estado de
Agricultura (Sagri), além de representante da Organização das Cooperativas
Brasileiras (OCB). O projeto de manejo florestal é conduzido por cerca de 500
famílias daquela comunidade.
Fonte: AGPA