A Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural
do Estado do Pará (Emater) no município de Muaná, arquipélago do Marajó, está
desenvolvendo, em parceria com a Prefeitura do município, uma Unidade
Demonstrativa na Estrada da Rodagem, com duas variedades de mandioca resistente
à podridão. O objetivo é encontrar espécies que aumentem a produtividade no
município e permitir, que após um ano, os agricultores familiares já possam
produzir farinha em grande escala para fornecer produtos para a merenda dos
alunos pelo Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae).
Os técnicos da Emater e prefeitura estão
apostando nas variedades Mary e Poty para elevar a produtividade no município
de Muaná. A área que será utilizada, que foi cedida pela Prefeitura, possui
três hectares. Segundo o chefe local da Emater, Anderson Dias, especificações
técnicas serão adotadas e a que melhor responder será disseminado nas
comunidades rurais. “A cada hectare: uma será em plantação tradicional, outra
com a variedade Mary com adubação química e na terceira na variedade Poty com
adubação orgânica”, explicou.
A produtividade atual em Muaná é de 100 a 150
toneladas de raiz ao ano. Ainda segundo Dias, essa experiência já foi atestada
no município do Acará, localidade que teve um crescimento de 12 para 20
toneladas de raiz. “Estamos com variedades que dão resultado. Estamos buscando
apenas as melhores condições para ter maior produtividade e resistência. Em um
prazo de seis a oito meses já teremos resposta e, em um ano, com o repasse dos
resultados positivos, já poderemos ver a mudança nos campos muanenses”,
avaliou.
A iniciativa da parceria está focada em
encontrar maneiras para fortalecer o setor produtivo no município. Tanto no
sentido de que eles produzam mais e melhor, bem como a organização social das
comunidades rurais. “A Secretaria de Agricultura quer comprar da agricultura
familiar local o abastecimento dos estoques de merenda escolar, mas não
encontra os fornecedores. Estamos trabalhando desde a base. Por exemplo, já
temos tido êxito com o fornecimento do açaí para o Pnae”, considerou.
Fonte: AGPA.