Na tarde desta
quinta-feira (16), representantes da Secretaria de Segurança Pública e Defesa
Social (Segup), durante coletiva de imprensa na sede da Delegacia Geral,
apresentaram Giovany Silva Coutinho, Diego Caldas Pacheco, Gerson dos Santos
Sousa e Márcio Coelho de Paula. Os quatro são suspeitos de participação no
assalto à embarcação “Oliveira Nobre”, ocorrido na madrugada do último sábado
(11), em Muaná, no Marajó, que resultou na morte do dono do barco, Moisés
Pantoja, 47 anos. Ele recebeu um tiro no momento do ataque dos bandidos e não
resistiu ao ferimento.
Os acusados, que
estão à disposição da Justiça, foram presos em momentos diferentes na cidade de
Muaná: no dia 12, Gerson, conhecido como “arrepiado”; Diego e Giovanni, no dia
13, e por último, na terça-feira (14), foi a vez de Márcio. A polícia chegou
aos criminosos por meio de uma denúncia anônima, registrada pelo serviço
telefônico 181. Os quatro foram presos em áreas distantes cerca de 30 minutos
da sede daquela cidade marajoara.
Segundo o diretor
do Grupamento Fluvial da Segup (Gflu), delegado Dilermando Dantas, as áreas
onde foram feitas as prisões são conhecidas como “Ponta Negra” e “Jurioca”.
“Nesses locais, encontramos produtos do roubo, como celulares e cartões de
programas sociais pertencentes aos passageiros da embarcação atacada pelos
assaltantes”, revelou. As ações integradas das polícias Civil e Militar
apreenderam ainda, na casa dos acusados, armamentos como um revólver calibre
38, cinco espingardas, um rifle calibre 44, munições (calibres 44 e 38), uma
voadeira possivelmente usada no ataque à embarcação, toucas e caixa de som.
As investigações
continuam e demonstram que o violento ataque ocorrido no sábado visava os
salários do seguro-defeso, benefício concedido pelo governo federal e que
poderia estar em posse de muitos dos cerca de 100 passageiros.
Presente na
coletiva, o delegado geral, Rimar Firmino chamou a atenção à necessidade de um
maior controle nos serviços de transporte fluvial. “Precisamos de uma
fiscalização adequada num compromisso nas três esferas, pois quando ocorre um
assalto dessa natureza, o peso do trabalho recai no sistema de segurança”,
enfatizou. O diretor geral de Operações da Polícia Militar, coronel Sérgio
Alonso, reforçou a implementação de medidas para um controle mais seguro
direcionado aos usuários. “Juntamente com as prefeituras, podemos montar uma
forma de maior controle de chegada e de saída de passageiros nos portos dessas
cidades”, disse.
Estiveram
presentes ainda na coletiva o comandante da Companhia Fluvial da PM, major
Elton Medeiros, e o delegado Arthur Braga, da Delegacia de Polícia Fluvial e
responsável por conduzir o inquérito a partir de agora. Novas prisões podem
ocorrer nos próximos dias.
Fonte: AGPA.