O
município de Ponta de Pedras, juntamente com Igarapé Miri, são os maiores
extratores de açai e abastecem toda a região além da nossa capital e indústrias de exportação. Para isso
os ribeirinhos estão trabalhando com
manejo sustentável que implica na
capinando das áreas de produção, obedecendo o espaçamento entre os pés, mantendo as
touceiras com três a seis árvores, conforme indicação dos técnicos e deixando
as mais velhas, que dão menos cachos e
mais dificuldade em colher os frutos para a produção de palmito.
O
secretário de agricultura do município, Martinho Mourinaca, embora reconheça
que o produto ainda representa a maior fatia da economia do campo, vislumbra um
futuro melhor com a produção de citros, como limão tahiti, o feijão, o milho, a
mandioca e as frutas regionais como bacuri, a manga, que poderão ser
industrializadas em forma de polpa, conforme projeto em andamento.
O
peixe criando em tanques cavados ou em várzeas, também promete uma boa fonte de
renda para os ribeirinhos e colonos assentados na rodovia que desenvolvem todas
essas variedades de produção.
O
secretário, que pertence aos quadros da
Emater, conta com apoio de três técnicos da instituição na qualificação e
organização das associações de produtores
para atender ao mercado local e a merenda escolar e exportar os
excedentes. " Em breve estaremos produzindo alimentos para atender a capital, como o
limão tahiti, frutas regionais e até peixe de cativeiro", anima-se
Martinho.
"Regiões
como a dos rios Fábrica e Fortaleza;
Vila Nova e Cajueiro e a comunidade de Jacarajó reúnem centenas de famílias que
atuam na agricultura familiar produzindo mandioca, farinha, grãos, frutos,
peixes e muito açai e tudo isso vai formando um grande movimento no campo que a
prefeitura apoia, incentiva e investe recursos para ver crescer ", garante a prefeita Consuelo Castro, que não
vem medindo esforços para desenvolver o setor.
Texto:
Pedro Medina