Em Salvaterra, na Ilha do Marajó, um projeto
da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará (Emater)
ajuda na preservação das cueiras, árvore nativa e em abundância na região, que
vem sendo utilizada na fabricação de artesanato. Nas mãos de 16 mulheres que
integram a Associação Educativa Rural de Joanes (AERJ), a cuia se transforma em
bonecos, arranjos de parede e utensílios.
As mulheres atendidas diretamente pela
Emater, por meio de chamada pública do Ministério do Desenvolvimento Agrário
(MDA), residem na Vila de Joanes. Com a capacitação que vem recebendo, elas
agora tem uma estimativa de acréscimo de pelo menos 20% na renda familiar. A
maioria das mulheres, esposas de pescadores, desenvolvia apenas atividades
domésticas. Para o desenvolvimento do artesanato elas participam de projetos
produtivos elaborados pela Emater, pelos quais devem receber até R$ 2.400,00,
financiados pelo governo federal. A primeira parcela do recurso já foi
repassada.
O artesanato produzido na AERJ, que também
pode ser feito por encomenda e de forma personalizada, não só contribui com a
renda das famílias, como não impõe nenhuma agressão ao meio ambiente. “Lá as
mulheres utilizam também sementes para biojóias e ossos de peixes, da gurijuba
e do bagre, para a fabricação de crucifixos. Tudo é coletado na natureza,
contribuindo, portanto, com a preservação do meio ambiente”, diz a técnica
social da Emater, Marli Bandeira.
A produção das mulheres pode ser encontrada
na sede da associação na Vila de Joanes, localizada à 3ª Travessa, entre 6ª e
7ª ruas, e também é levada a eventos expositivos, como feiras, dos quais elas
participam. A Emater incentiva as associadas a alcançar novos mercados para
expandir a comercialização. “Para isso a produção precisa ser maior e esse é um
dos nossos objetivos”, enfatiza Marli.
Fonte: AGPA.
Foto: Reprodução Internet.