A Secretaria de Estado de Assistência
Social (Seas) iniciou nesta quarta-feira (2), em Salvaterra, na ilha do Marajó,
o Encontro de Inclusão Socioprodutiva e Fortalecimento de Ações de Autoconsumo
e Sustentabilidade em Comunidades Quilombolas. O objetivo é fortalecer o
pequeno produtor e aprimorar a gestão das políticas de segurança alimentar e
nutricional e de assistência social no Estado.
O encontro segue
até quinta-feira (3) e tem a participação de famílias de comunidades
quilombolas e de pescadores, além de gestores e técnicos das secretarias
municipais de assistência social, agricultura, saúde e educação e do Conselho
Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional (Conseans).
A diretora de Segurança Alimentar e
Nutricional da Seas, Suely Barros, ressaltou a importância do encontro para as
famílias de comunidades quilombolas e de pescadores. "Esse momento é
importante, pois vai esclarecer as famílias sobre os programas de governo
voltados para garantia de alimentação, renda e cidadania, além de tirar dúvidas
sobre os projetos de inclusão socioprodutiva e de fortalecimento de ações de
autoconsumo e sustentabilidade em comunidades quilombolas, que se encerram este
ano", destacou.
Dados do Cadastro Único revelam que mais de
quatro mil famílias de Salvaterra estão cadastradas, mas nenhuma está
identificada como quilombola. "Sabemos que vocês ainda são invisíveis para
o governo federal, mas nosso objetivo aqui é justamente esclarecê-los sobre
como devem se identificar no cadastro", ressaltou a diretora de Renda,
Cidadania e Combate à Pobreza, Leila Machado.
A técnica da Seas Helena Cláudia Gomes
explicou que as famílias, no momento em que forem se cadastrar, devem se
identificar como quilombola. "Essa identificação faz toda a diferença na
hora de inseri-los nos programas de governo voltados para essas
comunidades", ressaltou.
"Esse encontro demonstra o interesse
do governo estadual em mostrar para as famílias de populações tradicionais que
existem diversos programas, além do que já estamos inseridos, que podem nos
ajudar a melhorar nossa renda", destacou o representante da comunidade
quilombola de Siricari, João Figueiredo.
Para a representante da comunidade
pesqueira de Água Boa, Dalva dos Santos, “o encontro está sendo muito
produtivo, pois está ajudando a esclarecer muitas dúvidas sobre o projeto de
inclusão socioprodutiva, além dos serviços oferecidos na área da assistência
social", frisou.
Garantias – O projeto de fortalecimento de
ações de autoconsumo e sustentabilidade em comunidades quilombolas de
Salvaterra beneficia 131 famílias nas comunidades de Siricari, São Benedito,
Boa Vista, Mangueiras, Caldeirão e Providência. O objetivo é promover a segurança
alimentar e nutricional por meio da produção de alimentos para o autoconsumo,
além da comercialização do excedente de produção com vistas à sustentabilidade
dessas comunidades. As atividades produtivas são: horta comunitária, criação de
peixe em cativeiro (tanque escavado), criação de pato e de galinha caipira.
Outro projeto que já está gerando
resultados é o de inclusão socioprodutiva, que objetiva inserir as famílias em
ações produtivas de modo a organizá-las em cooperativas. A Seas já executou em
Salvaterra a segunda etapa do projeto, que é a capacitação dos produtores, para
melhorar a qualidade da produção, além do incentivo aos subprodutos. Em
Salvaterra, as cadeias produtivas são de pesca e açaí.
Fonte:AGPA