O movimento social de Soure, na ilha do
Marajó, promove hoje uma audiência pública para discutir vários problemas
estruturais do município. O evento, denominado “Em Defesa de Soure”, ocorrerá a
partir das 8 horas da manhã, no salão paroquial localizado na Terceira Rua, no
centro da cidade, e tem como objetivo garantir o máximo de participação popular
no debate sobre as políticas públicas e seu controle em todas as esferas de
poder.
De acordo com Marluce Silva, da Comissão
Justiça e Paz em Soure, a principal pauta da audiência são as irregularidades e
deficiências do sistema público de saúde na cidade. “Recebemos muitas denúncias
de casos de erro médico e descaso com a população. Esperamos que, dessa vez, a
prefeitura possa escutar de verdade a população”, afirmou. Para Marluce, o
diálogo deve ser o caminho para que os problemas de Soure sejam resolvidos. “Não
queremos que ocorra o mesmo que aconteceu no dia 6 de junho desse ano, quando a
casa do prefeito foi apedrejada”, completou.
A agressão à casa do prefeito João Luiz Melo
(PT), segundo Marluce, teria sido motivada pela falta de respostas do gestor às
reinvindicações da população. “Mas não é nesse tipo de comportamento que acreditamos.
Por isso, convidamos diversas autoridades para a audiência pública, inclusive o
próprio prefeito”, explicou. Entre os convidados, estão também o promotor de
Justiça Nelson Medrado e o secretário de Saúde do município, Newton Pereira.
Os problemas apontados pelos movimentos
sociais de Soure são múltiplos. Entre eles estão a demora no início das obras
para a construção de quatro unidades básicas de saúde, a realização e
manutenção de uma academia de saúde e deficiências na iluminação pública e
pavimentação.
As organizações que estão realizando a
audiência são a Prelazia do Marajó, a Comissão de Justiça e Paz da Conferência
Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), o Conselho de Segurança, o Sindicato de
Saúde de Soure e o Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Pará
(Sintepp).
Fonte: OLiberal.