Milhares de pessoas viveram seis dias de intensa programação cultural no ginásio Abel Figueiredo, palco do maior evento junino da região Marajoara, com a participação de onze quadrilhas de Soure, Salvaterra e Cachoeira do Arari, divididas em duas categorias. Foram dezoito mil reais investidos somente em premiação e mais treze mil e novecentos reais em subvenção para as quadrilhas de Cachoeira do Arari, Salvaterra e Soure, perfazendo um total de trinta e um mil reais disponibilizados diretamente aos produtores culturais.

Para que o evento fosse realizado toda a estrutura mobilizada exigiu do Poder Público Municipal investimentos que ultrapassaram dez mil reais com contratação de aparelhagem sonora, seguranças, jurados, decoração, além da aquisição de material de divulgação, de expediente, alimentação, entre outros.

O concurso que teve como tema “Defender o patrimônio cultural é dever de todo o cidadão”, ocorreu no período de 21 a 26 de junho e segundo estimativas da coordenação do evento, vinte mil pessoas aproximadamente lotaram o Ginásio durante o concurso de quadrilhas Juninas de Soure que teve como jurados, convidados especiais que tiveram a difícil tarefa de classificar as quatro quadrilhas finalistas.

Durante a cerimônia de premiação no domingo 26, o Gerente Municipal de Cultura, Paulo Alex Moraes, lembrou que o Concurso de Quadrilhas Juninas de Soure iniciou oficialmente no ano de 1983, graças a iniciativa da professora e, então, vereadora Lindalva Cassiano que atendendo ao anseio da população apresentou o Projeto de Lei que oficializava o Concurso de quadrilhas Juninas, sendo aprovado por unanimidade e sancionado pelo prefeito da época, Raimundo Cassiano.

O Prefeito de Soure, João Luiz Melo, fez referência ao Concurso Junino como sendo um evento de caráter regional, transpondo os limites do Município, por isso decidiu investir também nas quadrilhas visitantes, sendo Soure o único Município a contribuir financeiramente com quadrilhas advindas de outros municípios “Soure é referência na produção cultural da nossa região, e o Pará sabe disso, por esse motivo temos a obrigação de, cada vez mais, valorizar os nossos produtores e todos os envolvidos na nossa cultura”, disse João Luiz na cerimônia de abertura.

A cobertura total do evento foi transmitida pela Rádio Guarani. Wavá Bandeira da AMAM, representou a Associação no maior evento cultural junino do Marajó. O resultado final contemplou a todos, mesmo os que não conseguiram o título, pois as quatro quadrilhas finalistas, nas duas categorias, foram premiadas com valores em dinheiro, sendo dois mil reais para a campeã Sensação Junina; um mil e quinhentos reais para a vice Juventude na Roça;  hum mil reais para o terceiro lugar Revelação Junina e quinhentos reais para Tradição Junina, de Joanes  em Salvaterra.